Início do novo contrato da BR-101 e do projeto da Estrada de Ferro 118, além da conclusão das obras do Aeroporto de Macaé e da Ponte da Integração, estão entre elas
Neste novo ano que se avizinha, o Norte Fluminense vai receber a conclusão – e o início – de pelo menos quatro grandes projetos de infraestrutura, um dos principais gargalos no desenvolvimento da região. Entre as obras com previsão de conclusão para 2025 estão a reforma do Aeroporto de Macaé e a Ponte da Integração, em São João da Barra, aguardada há quase meio século. Há, ainda, a previsão de início de novas intervenções, diante da conclusão do processo de repactuação do contrato de concessão da BR-101 – e a consequente Estrada do Contorno de Campos –, além das bases fundamentais para a realização do projeto executivo da Estrada de Ferro 118 (EF-118), que vai conectar o Porto do Açu à malha ferroviária nacional.
Iniciada em 2023, a reforma do Aeroporto de Macaé tem previsão de inauguração para o primeiro semestre de 2025, e será fundamental para atender à demanda crescente do mercado de óleo e gás. Único do Brasil com base operacional offshore com duas pistas, o aeroporto poderá receber aeronaves de maior porte, como jatos e turboélices, quase dobrando o tamanho da pista atual – que será exclusiva para pousos de helicópteros. A Zurich, que administra o terminal, espera ainda explorar o potencial de conexões de voos domésticos com rotas internacionais.
Já a Ponte da Integração, cujo projeto começou na década de 80, teve a obra iniciada em 2014, e passou por diversas previsões de inauguração. A mais recente é para o início de 2025, uma vez que a construção em si foi finalizada em outubro deste ano. A pendência, no entanto, é com relação às vias de acesso: as obras da RJ-194 e RJ-196 que, com a ponte, vão conectar São João da Barra a São Francisco de Itabapoana, facilitando também o acesso ao Distrito Industrial de Campos – o que poderá atrair empresas prestadoras de serviço e indústrias diversas com interesses econômicos no Porto do Açu.
Já o processo de repactuação da BR-101 – que se arrasta desde a pandemia de Covid-19, em 2020 – tem previsão de conclusão para o segundo semestre do ano que vem. No primeiro semestre, serão realizadas audiências públicas para a sociedade civil sugerir quais intervenções serão exigidas no novo contrato, e entre elas estará a Estrada do Contorno de Campos: um desvio entre os distritos de Ururaí e Travessão, necessário para que o município deixe de ser cortado por uma rodovia federal em seu trecho urbano mais populoso. Após as audiências públicas, será realizado um novo leilão e o prazo para as intervenções – que incluem ainda a duplicação total do trecho Rio-Campos – será iniciado a partir da assinatura do contrato.
No ano que vem, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) também irá concluir a prorrogação antecipada do contrato da Ferrovia Centro-Atlântica, responsável por 7.220 km de extensão que interliga os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe e Goiás, além do Distrito Federal. Para isso, a ANTT exige a retirada da malha ferroviária obsoleta, o que vai gerar uma indenização à União. Este processo provocou uma reação de diversas entidades para que o recurso referente ao Rio de Janeiro seja destinado exclusivamente à produção do projeto executivo da EF-118, fundamental para que a obra saia do papel.
Neste ano, a Firjan reuniu diversas entidades públicas e privadas da região a fim de sensibilizar as autoridades federais sobre a importância do projeto. “A ferrovia será um novo marco para a região, com potencial de atrair novas indústrias, como a de fertilizantes. Mas ela, embora seja talvez a mais importante, é apenas uma das nossas necessidades de melhorias em Infraestrutura. Precisamos facilitar o acesso à região, conectar nossas empresas à capital fluminense e ao restante do país, pois só assim poderemos melhorar nossa competitividade e diversificar a economia”, disse o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira
